sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Goiás - Bayer será homenageado pelo milésimo gol

No futebol brasileiro, parece marca registrada. O milésimo gol de dois dos maiores ídolos do País – Pelé e Romário – saiu numa cobrança de pênalti. O gol de número mil do Goiás na 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro também não foi diferente. O pênalti convertido por Paulo Baier, no Serra Dourada, quarta-feira, resultou num dos gols mais especiais do Alviverde e do jogador. “Fico feliz por entrar na história do clube, ainda mais fazendo o gol de pênalti, assim como o Pelé e o Romário. É uma bela coincidência”, disse o autor do milésimo gol do Goiás, ressaltando que os três pênaltis foram batidos no canto esquerdo do goleiro.

A trajetória do Goiás na elite nacional começou em agosto de 1973. Entre o primeiro gol, marcado por Lincoln, e o de Paulo Baier, há coincidências que também podem ser lembradas: a marca foi alcançada em Goiânia, no mês de agosto e sobre adversários de renome nacional (Flamengo e Atlético/MG). Os dois homens-gol também vieram de outros estados – Lincoln é mineiro e Baier é gaúcho – e se tornaram ídolos do Goiás.

No jogo do milésimo gol, Paulo Baier exagerou na dose e marcou duas vezes diante do Galo. No lance do gol da vitória por 3 a 2, marcado na conclusão Cristiano, Baier deu um passe para Felipe – o jogador pega a bola, olha para um lado e toca para o outro, enganando a zaga adversária. Pelo que fez em campo, Baier disse que o jogo foi especial. “Estou tão contente por mim quanto pelo grupo. A vitória e o gol são frutos do nosso trabalho”, disse.

Marcas
Desde que chegou ao Goiás, em janeiro de 2004, Baier viveu outros momentos especiais, pois é detentor de algumas marcas que entraram para a história do clube e do futebol goiano. No começo, apareceram dificuldades para a adaptação. Mas o futebol de Baier começou a aparecer na Copa do Brasil e no Brasileirão.

No início de 2006, ele fez a opção pelo Palmeiras depois de receber uma proposta mais vantajosa. Um ano e três meses, fez o caminho da volta após problemas de atrasos salariais. O bom recomeço no Goiás, os cinco gols marcados no Brasileirão, a camisa 10, a tarja de capitão, a condição de jogador de confiança da torcida e do clube fazem com que Baier tome algumas decisões.

“Voltei e pretendo encerrar minha carreira aqui, se for possível. Não sei mais quantos anos vou jogar. Fico enquanto as pernas derem conta”, disse o jogador, que já foi lateral-direito, volante, ala, terceiro zagueiro e, agora, virou meia-armador no esquema de Paulo Bonamigo. “Cheguei a atuar como um terceiro zagueiro no Palmeiras, no esquema tático montado pelo Leão (técnico)”, lembrou.

Para suportar as próximas temporadas, a comissão técnica do Goiás tem uma programação especial de treinos físicos para o camisa 10. Sua carga de atividades é diferenciada no campo, mas compensada pela ênfase no trabalho físico de fortalecimento muscular na academia, alimentação e repouso, quando se faz necessário, para evitar lesões musculares.

“A gente percebe que a boa condição genética do Baier ajuda. Se o clube mantiver uma rotina de treinos específica para ele, acredito que vá jogar mais quatro ou cinco anos”, previu o preparador físico do Goiás, Sullivan Dalla Vale.

Fonte: O Popular

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