sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Os camisas 10 assustam os treinadores

O número 10 praticamente sumiu do futebol. O jogador clássico, pé esquerdo, pé direito, o organizador, o que fazia o time jogar, o lançador, o homem da tabela, o cérebro que colocava a bola no pé do atacante na cara do gol. Você não vê mais um Zidane, nem nada parecido.
Os treinadores podaram a criatividade do camisa 10 em quase todos os países do mundo em nome do futebol de resultados. Alguns foram recuados para jogar no meio de volantes incapazes de acertar dois passes seguidos. Outros foram direto para o banco de reservas e são lembrados apenas nos segundos tempos, quando o time vai mal, está perdendo ou carece de uma solução criativa.
Os treinadores não enxergam mais utilidade em jogadores deste porte. Salvo algumas coradas exceções, como Riquelme e o seu Boca campeão. Hoje vale muito uma absurda linha de três volantes, marcadores obstinados, mas incapazes de acertar um laçamento sequer um 90 minutos.
Meio-campo congestionado significa marcação forte, muita correria, mas pouca competitividade, raras opções ofensivas, atacantes morrendo de fome, empates suados, derrotas magras (1 a 0) ou raras, raríssimas vitórias. Não existe sinal de time campeão com um bando de volantes correndo em torno de uma defesa, chutando a bola para a arquibancada.

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